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Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

POESIAS OUTUBRO

O que posso ser? (08-10-08)


Nunca desejei qualquer outro sentimento
Que não seja este que enlaça meu peito
Eu me sinto como tu e sente-se como eu
Quero mais de você do que um mero ateneu

Mas o que posso ser sem teu “sim”?
Sem todos os amores que podes expressar
E os desejos secretos que nunca foram cetim
No berço feliz que nos faz repensar...

Eu quero tudo e não aceito nada a menos
Tudo aquilo que perdi de teus gracejos
Não tenho nada a perder, como Nicodemos
Vagarei para sempre em teus desejos

As suntuosas mãos que um dia conduziram
Já não abrem sentimentos mil como dantes
Julgas inútil meu pesar, pois assim te permitiram
E contudo sois inóspito aos olhos de Cervantes

Tudo, tudo de você ainda seria pouco
Tão pouco da luxúria mental presente
Todavia enquanto viver serei louco
Mesmo por um beijo na face ausente

Permita-me oferecer-te tudo de mim
Que ínfimo é perante tua grandeza
Ó meu Rio Grande, me veste de carmim
Em trajes à altura da fina realeza

Que é da abelha sem o mel
Do beija flor sem o lírio
Do homem sem sabor de fel
Do mar que se faz colírio?

E repito ao céu o que posso ser?
O que é do pássaro sem sua semente?
Saberei sofrendo assim sobreviver?
Quiçá uma luz, daquele que mente...

Mente em pálpebra demente que sossega
Afirmo e assim posso ser dignificante
Reunindo forças pr’aquele que não nega
Que em teu seio seguirei caminhante...

Que recompensa teria pelo pio desvario
Quando não posso ainda ser o que quero
Restam apenas migalhas ao leito do rio
E mesmo assim só direi que te espero...

Parte integrante do compêndio “Lágrimas do Rio Grande”
Inspirado em “All ou You” de Diana Ross e Julio Iglesias
Por Leonardo Adam Poth, em Querência-MT


A Mesma Sinfonia (07-10-08)

As mesmas águas, o mesmo toque, o mesmo olhar
Só existo com o toque mágico desse imenso amor
No regressar de tamanha graça espero ainda cavalgar
Sobre os mesmos gramados embriagantes de torpor

Se assim a vida permitir não há nada a queixar
Quero correr no horizonte selvagem desses jequitis
Sobre as mesmas brisas, os mesmos sons do mar
Brisas estas da doce terra onde nasci...

Colérico estou das entranhas aos poros
Da angústia derradeira que em mim palpita
Da incerteza de não estar no teu colo
Pois dele agora precisa essa alma perdida

Abraça-me, teu eu é meu eu absoluto
As mesmas praias, o mesmo sol que aquece
Aquela geada que resfria o vagabundo
O abastado, enfim, aquele que te faz prece

Sobre o manto do teu solo sou aquele que perece
Mas pena de amor, condicionante das recordações
O mesmo passo vai dar, pois finge que merece
No abandono febril, restam lamentações

Só lindas flores percebo sobre a campanha
O planalto não despreza, sinto o mesmo pulsar
O mesmo lar sonho então de barganha
Para o saudosista que jamais irá descansar

Não sou dono desses passos não são os mesmos
Caminho de lamúrias que prefiro desdenhar
Permita Deus que eu nunca saia daqui
E me perdoe se um dia aconteceres

Vivo pra te louvar, prever teus suaves aromas
Perfeitos em harmonia de eternos amantes
Na querência da riqueza que hoje chora
Pois agora mesmo sinto o mesmo vento
Aquele mesmo vento que me levou de lá...