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Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

POESIAS DEZEMBRO

Confissões aos Cem Anos (03-08-07 e 09-12-08– Livre e Rimado)

Abro meu sorriso frente a tênue sombra de tua glória
Olhos assim tolhidos caçam almas descuidadas
Face desfigurada pelo tempo, neste mar de recordações
Desta alma ambiciosa, onde os vales e os rosais miravam
Algibeira aquebrantada deste riso de dúvida atroz!

Em teu seio, sou morada triste e escura
Com teu tempo, teu cansaço, minhas mãos, meus pés sangrei!
Se este bálsamo de blasfêmias meus lábios poluíram
Talvez alivie a dor no desânimo da lira
Onde beijarei a terra no mortal e derradeiro abraço!

Quero assim ouvir-te, musa da beleza insana
Pelos ecos de tuas várzeas, vão-se aí os meus lamentos
Sequiosa, soberana! Tornarei volver a terra de que um dia pertenci
Onde banharei minh'alma em tua luz que assim conduz
Na solene, vivaz e servil brandura da solidão

São lírios suaves e ardentes, tua tez tranquila e alva
Mel divino, fina flor, rubra rosa da poesia
No delírio de te amar, seja sempre o meu martírio!
Filha da dor, de lânguida e perene harmonia
Do sangue virgem de inocência que a morte desdenhou

Ignotas-te das lamentações que enfim levaste a campa
Pesa duro sobre mim o cálice tão estio da eternidade
Que alimenta este tormento de fel e de desgosto
Já despida de tua glória, descrédula do mel que cingia teus lábios
Jazigos salomônicos nutrem epitáfios da tenra mocidade

Levanta-te deste leito maldito que te encerra!
São crisálidas suaves, vibrantes que erguemos a ti!
Da lamúria feminina, da devoção que carregas a sete ventos
Do despojo colérico de sexo frágil que te embriaga

Capitu é o exemplo dos exemplos desta paixão desvairada
E que imagem nos deixou, de mistério, luxúria e calor
Assim, vós, o mulato do Rio, o legítimo bruxo da calada
Das noites tão longas de bico de pena, velas e rubor

São versos de machado que inspiram-me hoje e amanhã
O diga Quincas Borba no alto de sua insanidade natural
Mas qual deles? O cão fiel, derradeiro hipnótico de divã?
Ou as divas tresloucadas que atormentaram Dom Casmurro
Somos a mão e a luva, perfeita ressurreição transcendental
Homenagem sincera do inimaginável féretro... sim, é duro!

Que esquife poderá defenestrar essa genialidade?
Que futuras gerações abalarão suas obras e riquezas?
São vozes de Brás Cubas que ecoam na cidade
E transbordam de culturas mil tuas purezas!

São cem anos de deslumbre, primeira cadeira da academia
O tempo não poderá opor-se a magistralidade deste que amou
Sua Carolina, suas mulheres, seus afãs histéricos, doce vida mia!
Em seu último memorial, o de Ayres, a crítica chorou

No ano de 1908 o Brasil então parou, rendeu-se ao mago
E viu a gama estupenda de alegrias que nos deixou
Vós sois múltiplos, sim, vós! Não podes ser um apenas
Ironias contrastantes são marcantes de facetas, como um dado
Mais crisálidas por imensos campos do paraíso permeou
Por toda nossa terra, aplausos e “glamour” até Atenas!

O romance é o rosto de Assis, de corpo e nascença
Joaquim Maria fez-se grande, vejo pouca semelhança
Deste eterno gênio de amores e rimas, dor e comoção
Recordaremos nostálgicos, certos da mesma emoção...

Leonardo Adam Poth


Regresso (02-12-2008)


Quanta ironia tem essas palavras quando ecoam
O horizonte verde da alta campanha me suscita
À miragens concretas de devaneios que voam
E alçar a massa que outrora ainda permita

Permita encher-me de gozo apenas neste olhar
É tamanha a loucura que me invade agora
Que não me restam ações a não ser palpitar
E imaginar distante o momento de ir embora

Quantas dores estes dias me furtam, torturam
E tanto prazer se funde ao novo encontro
Jamais saí daqui, assim me persuadiram
E quero crer piamente, ó coração malandro

A mesma ironia que sempre surpreende
Os mesmos cálices tão cheios de esperança
Deste amor eterno que aqui apreende
O espírito demente que sonha com pujança

Já vou pai, meus dias mirrados são parcos
Frente a tudo aquilo que espero um santo dia
Levo a imagem nos olhos, saio pelos flancos
Com tuas mãos estendidas, não mais tardia...


Pontes e Lacerda-MT



QUERO APRENDER

Amar é viver... Meu amor,

Já diria o poeta
Que o amor tem razões
Que a própria razão desconhece

Sei que uma das mais fortes razões do meu viver é você. Quero aprender a ser forte e deixar minhas fraquezas para amar-te e respeitar-te com ainda mais forças e entusiasmo.
Quero aprender a ser mais otimista para ver sempre o lado bom de estar contigo e de nosso dia a dia.
Quero aprender a espantar a melancolia e tristeza, porque contigo não há razão para isso.
Quero ser muito mais alegre, pois o presente divino de ter-te resplandece em fulguras em meu peito a cada instante.
Quero aprender a ser mais jovem para acompanhar o desenvolvimento dessa criança pura e maravilhosa que tanto me encanta em você.
Quero aprender enfim a ser pai, para embalar nos braços da paixão a riqueza da eternidade;
E quero aprender a ser filho para provar desse mesmo sentimento.
Quero aprender a ser audaz, para perceber as tuas dificuldades e poder apará-las sempre que possível.
Quero aprender a ser mais humano e mais poeta, para jamais cair nas garras da racionalidade viril e mundana,
Quero aprender a ser determinado para me sentir como você se sente, queria ser por um dia uma flor, para por um momento irradiar a delicadeza e suavidade do teu ser...
Quero aprender a amar sem limites, para me perder na estrada de tuas carícias,
Quero aprender também a ser mais eu, para me reeducar a cada dia em prol das tuas virtudes.
Quero aprender a ser mais puro, para relevar os teus pequenos defeitos que a mim são nenhum,
Quero aprender a cavalgar em campo aberto, para correr em volúpia ao teu aconchego,
Quero deitar-me em relva molhada, para sentir o tênue frescor de tuas arfadas.
Quero enfim sentir-me livre, pois, só assim saberei amar-te com a amplitude da imensidão de meu carinho para contigo...
Quero enfim mostrar-te que toda esta fragilidade denota que nada sou nem nada sei quando longínquo de vossos braços estou;
Quero ser menino, quero ser infante, quero perder-me em teu vazio e encontrar-me em teu louvor, preciso desfalecer e acordar ao teu redor, sentir transcendentais afagos e espasmos sublimes de deleite, entregar-me ao ego vadio e comprimido, explodir as razões, o tempo, o vento e o passado que o acompanhe;
Quero aprender a esquecer as diferenças e as incertezas para enfim encontrar esta glória de viver.

Quero aprender a despertar na desordem do quarto e ter motivo para sorrir.
Quero deparar-me a lágrimas e regozijos, quero aprender a furtar-me ao mundo por um segundo, cerrar os olhos e ver que o anjo terreno está comigo...
Quero aprender a despertar a vida na essência da palavra, para sentir seu dulce sabor a me saciar.
Quero enfim aprender a viver em gratidão, para jamais esquecer que a tua existência é a dádiva suprema de minhas razões.
Mas se o tempo chegar e o saber me furtar, quero aprender apenas a compreender se o amor constrói ou corrói, quero apenas sentir este mirar profundo e saciar-me ao teu olhar, ao teu redor, ao teu luar...

16-08-05