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Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Prof. Leonardo Poth, em Asunción, PY

Poesias Agosto (2)

Pretérito Presente 3 (21-08-09)

Ao longe a mesma imagem
Única e patrona de todas demais
É ele sim não é vertigem
Que amo hoje e sempre mais

É aquele que surge sobre
A penumbra de olhos tristes
Cansados do erro torpe
Que congela o tempo que partiste

Os minutos, os segundos
O trem que enfim redunda
Nos trilhos de único destino
Que levam aloprados, insanos
Dessa existência defunta
Que agora recebe o castigo

Daquele que vive pelo outro
De rimas de terceira geração
De bravatas que se dizem sonetos
Ainda entrego a existência de mouro
No sentido longínquo da perdição
Onde cada letra é de cada momento...

Saudosista sim, solitário jamais
Pois depressão ou luxúria
O ápice ou o declive
É amor sem fim, dor não mais...
Que não me pertence, é espúria
E acorda o ataúde que vive

E se ainda vive
É por ele
E nada, nada mais...
E toda a corja que expire

A última estrofe é verdadeira
Mas será que ainda não sei?
É sentimento natural, não brincadeira
A languidez que se vá, agora bendizei

Que as cincas são pretéritos
E o presente, o nubente
Que tanto ousaram os méritos
De nosso sonho mais ardente

O sol não tarda a voltar
Os pássaros não são alquebráveis
Assim é nosso jeito de amar
Que no olhar constroem inexoráveis...

És simples e complexo
O mar de letras é vão
No beijo molhado, convexo
Que leva às favas o bordão!

Porque a consciência nos derrota?
Para levantarmos e aprender a ser humano

Falha alguma embaçará
Ou deveras logrará
Nem distância acabará
O que num encontro sugerimos
E que por tempos erigimos

Aos teus pés será pouco
São atos e não juras
Atitudes menos impuras
Que perpetuará o desejo louco

De amanhecer ao teu lado
À sombra da aurora latente
Afagar-te o velo macio
E a fragancia pomposa do bem amado
Alimento que peço humildemente
Caminhe ao meu lado, não é tardio...


Por: Leonardo Adam Poth, Água Boa


PORQUE?

Aqueles ventos murmurantes
Tantas ruas já vazias
O sonar musical é delirante
O corpo gélido e as mãos já frias

É nessa solidão que me encontro
No conforto sujo e pérfido
De repente estava ali tonto
Longe do que já tinha ido...

É daquele que voa que agora te vejo
Amiudar-se no afã de regressar
De uma vida ao som do realejo
Que vivi e nunca irá voltar...

Mas é naquele que bate que sinto
Outro conforto morno e tenaz
O sal da terra que tenho dito
E que dilapidou-me voraz

A mesma dor que vem
É o remédio daquela que vai
Tantas cartas sei que tens
No dilúvio sincero que cai

E sempre arrebanhou por ti
Desde o ingrato dia que parti
Do teu seio tênue e quente
Que jamais vi convalescente...

Os encontros tornaram-se despedidas
E os subalternos palmos que te ocultam
São o nada da eternidade que te espera
Eram frenéticas aquelas idas e vindas
Já não importam mais... redundam
Porque não vejo teus olhos na janela?

Porque indago noite e dia tua voz
A encontrar palavras que não existem
Razões levastes daquele tempo atroz
É consolo... tuas imagens não perecem

Em terra estranha apunhalaram o meu ser
E subtraíram o solo que me sustentava
Os alicerces me viram frios enlouquecer
Pelos dias que perpassam ... definhava

Interesses mundanos que agora cercam
Insubstituíveis aos retalhos que restaram
Pensamentos abalados que só pensam em ti
Que até nos sonhos alimentam... atormentam
E por toda uma existência terrena galgaram
O doce e triste toque em flor de colibri...

Tua genialidade é a marca
O dom das ricas artes
É a sublimidade casta
Que preparastes

Preciso de alento
As águas não tecem
A seiva secou
Onde está o alimento
Que agora me pedem
Acho que acabou...

Não foi isso que aprendi
Ao som da luz da juventude
Que ontem e hoje vi
E perpetuará de plena virtude

Um mês é pó no tempo que passa
No chamado divino ganhaste então
A eternidade que fútil ergue a taça
E “eufemisa” os sofrimentos de Adão...

É agora pai querido
Que a força enfim
Precisa vigorar
Eu preciso de você
E desse amor
Pra sempre...

Deste mesmo lugar te escrevi
Porque não leio tuas respostas?
Dilacerado mas agora revivi
Pois sei que ouves de mãos postas...

Cada lágrima é inútil
Fica o sorriso franco
E cada verso mil...

Porque seus conselhos se esquivam?
E esquifes deterioram essa imagem?
Porque teus braços se esqueceram
De afagar-me na paisagem?

Porque a luz se apagou aos olhos teus?
Já não vejo o brilho que vinha deles...
Admiração maior que todos os Orfeus
Que transcenderá pai...a todos eles

É a jura que me resta
Além do sublime ato de orar
E no correr da pena atesta
Que pra sempre irei te amar...

Homenagem póstuma a Edgar Adão Poth (1924-2009)
Sapezal, 10/08/09