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Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Poesias e Cronicas Outubro (4)

O Professor (22/10/09)

Dentre os maiores desafios da vida
Está o ensinar e o querer sempre aprender
A mais bela, mãe de todas, tão dividida
Querido professor, queremos nos render!

Aos teus sábios ensinamentos
Tua dedicação incansável
À força dos pensamentos
De caráter memorável

É no “cuspe e no giz”
Que tua luz se aviva
Serei sempre aprendiz
De nossa primeira diva

A escola, casa de dignidade
O mestre, condutor
A lousa, cortesã
Dos ideais de um professor
Da célere fertilidade
Da vocação, que nunca é vã

Seja nos números ou letras
Rodeado de mesas e carteiras
E de mentes frescas, sedentas
Que hoje te aplaudem barulhentas

Sempre será teu dia
Destinados por Deus
Não desiste, mantém a galhardia
E assim afastará o dia do adeus...

Singela homenagem ao dia do professor, 15-10
TNN


Tributo à Mercedes (07-10-09)

É luto continental. Sim, “La negra” emocionou todo esse avassalado continente por mais de quatro décadas. Até mesmo no exílio, nos refúgios europeus, longe de sua amada Argentina, cada lágrima de Mercedes, refletia o amor incondicional à America Latina. Quanta dor e comoção nos causa agora, o eco límpido e vazio de tua ausência, cala todos os corações apaixonados que tocaste.
Que saudade deixará negrita. A mais perfeita expressão da voz dos pobres. Gracias a La vida. Obrigado por tua existência Mercedes, ela é imortal. Não nos cansaremos de ouvir teu grito como legítimo pranto daqueles que oraram a Deus por dias melhores. De Sán Miguel de Tucumán, do chaco argentino, para o mundo. Iniciaste a carreira na cidade de Mendoza e teus olhos se fecharam, tua voz se calou, na esplendorosa Buenos Aires. Que tuas cinzas sejam o sal da terra do teu povo que te ama e tua alma tenha o mais abençoado e merecido descanso e que continue encantando os mais angelicais seres dos céus com a melodia que o próprio senhor te concedeu.
Mercedes Sosa sabia reconhecer a verdadeira poesia, como poetisa que foi. Dizia que todo poeta é um profeta divino, e que os poetas fingem não saber aquilo que tão bem conhecem. Quanta genialidade, que duetos magníficos! La guitarra chorava ao dedilhar dos acordes de cada gesto teu.
Canción de lãs pequeñas cosas. Cada detalhe de tua vida foi intenso. Não se deixou abater por nada, ofereceste teu coração a todos que te amaram, como eu. Solo Le pido a Dios, a guerra não abalará tua memória, nós prometemos. O idioma espanhol foi testemunha de cada palavra. Inconsciente colectivo, é o câncer de nossa América, nossas parcas atitudes, que tanto proclamastes. Volver a los 17, era o que fazias melhor, pois tua voz jamais envelheceu e era o grito dos jovens que conduzia. Los ojos azules y las manos de mi madre, são os olhos de nossa vanguarda, daqueles que nos preconizaram, de tu rica madrecita, que temprano mostraste o caminho do trabalho. Zamba para no morir, és tuya Razón de Vivir, que importalizará tuas canções, com o sangue do entardecer… La tristecita, são as mães de tua pátria, que ao proferir teu puro Corazón Mirando Al Sur, sempre voltado a este cantinho sul do mundo que tanto nos encanta.
Foste fuerte Mercedita, e te aplaudimos pela bravura que resististe em tuas agruras.
Duerme negrita...duerme. Vá com Deus, serenamente...teu coração agora é dele...a liberdade chegou...

Em memória ao falecimento em 04/10/09
De uma das melhores cantores que o mundo já ouviu, Mercedes Sosa.
Por: Leonardo A. Poth. P. Lacerda/MT/Brasil


Tão pequenina...(Livre – 11-10-09)

A uma família tão pequena
E tão rica que amo
E quero ver perpetuar
Restam nove deste nome alemão
E tão sul-brasileiro
De gente corajosa, destemida
Que valoriza este chão
E o próprio suor
Quem sabe um dia
Mesmo em outro plano
Longe desta vida fenomênica
Poderemos brindar a grande
Família que seremos
Feliz, fraterna e serena
E se o senhor assim o quiser
Sob as graças do bom e velho Rio Grande
E na lembrança daqueles que
Jamais esqueceremos
E que fizeram desse nome uma marca
Um ideal de vida
Que da Europa vieram para nosso deleite
E aqui deitaram seus corpos já cansados
A eles a nossa homenagem
Que essas quatro letras resumem
E dispensam maiores rodeios
Que consigamos ser eternos
Em boas mãos das quais me dispenso
Mas que sejamos felizes sempre
Ao som da voz dos que nos deixaram
E ao sorriso daqueles que carregam este nome
São tão poucos...
Mas somos um só!
Homenagem a família Poth

Especialmente, In Memorian:
Adam Paul Poth, 1900-1972
Dulce Cobre Poth, 1930-1988
Erna Christmann Poth, 1903-1996
Edgar Adão Poth, 1924-2009


Hoje e Sempre (06-10-2009)

Deus abençoe o Rio Grande do Sul
Hoje e sempre em nossa memória
Pois ainda não me acostumei sem ti
Não me deixes longe desse azul...

Azul tão fresco e outonal
Lapidado todinho de cinzel
Não me adapto a tantas partidas
Longinqua da beleza colossal
Que o altíssimo fez a pincel
Mas só me lembro em despedidas...

Se partir que seja sem eu ver
Se me deixares que seja lentamente
Não posso crer no todo a padecer
Diga adeus em compaixão latente

E para que eu não chore
Nem nos olhos me olhe
No momento de seguir a vida
Uma a uma, a cada ida...

Vende minha fronte senhor
Mesmo que a ti rogue
E suplique sem pudor
Por um instante de teu toque

Deixe-me na santa paz
De todos que amam esse chão
E arranca de mim o teu jugo
Ao longo da viagem tenaz
Com um único pedaço de pão
Que por hora é simplesmente tudo

Não me custa saber
Ou ao menos entender
A frase solta adormecer

Invente uma desculpa
Mas fique a distancia por favor
Pois não suporto mais um minuto
Dos muitos outros de culpa
Pelo desterro de meu labor
E a desgraça do mero defunto

Inspirado na voz do eterno boêmio
Altemar Dutra – “Vá com Deus”
Por Leonardo Adam Poth, Pontes e Lacerda/MT