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Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

sábado, 6 de março de 2010

Poesias de Março

Rumo a Porto Alegre (18-03-2010), Livre

Para cada minuto de nossas vidas vadias
Resta aqui o tumulto aventureiro que quero
Apurar pelas estradas, com o vento tão fresco
Que vai se aproximando a cada metro do sul
Pelo resto, pela alma, avançando os dias
Em cada parada, cada sorriso franco que espero
Contemplar na paisagem de saída a rica
Erva do cerrado, filha do santo e sagrado
Vila Real do bom senhor de Cuyabá
Que há de ser a inspiração até Cabul
Se assim preciso for nossa jornada

Meu destino é Porto Alegre
Mãe de todas as raças e brasões
Passo agora Rondonópolis, a tenra
Da planície em Mato Grosso, mas já é hora
Preciso abastecer pois sem o físico não se chega
Ao sonho de comigo levar aqueles que amo
E precisam conhecer essa chama ainda acesa
Que brilha em mim, mais branda e natural que dantes
E que flamejam contagiando os perigos desses caminhos
Tortuosos, rancorosos, amorosos...não sei mais
Só sei que me conduzem a este lugar, instintivamente
E assim perpetuará a cada passo e a cada curva...

Estamos em Coxim, abaixo da província que um dia
Foi unida na imensidão desse estado de oportunidades
Mais tarde São Gabriel vai sorrindo e derramando
Todo o pó que fica para trás...como nossos pensamentos
Que só pensam na terra prometida até que nos chega
A formosa capital provinciana para alegrar a festa
Campo Grande é assim, heróica em todos os momentos
Formando todos os contornos que nos levam enfim
Dourados como o ouro, que sempre inebria a fronte

Já tão cansados Novo Mundo se apresenta agora
Às margens do grande Paraná que abraça e recebe
As águas mais límpidas e temerosas da travessia tenaz
Ansiedade que consome, o ar é outro, é voraz

A dinâmica do carro que já marca tantas voltas
Do ponteiro desesperado que mal pode esperar
Por Cascavel, sem veneno, sem maldade, a espiar
Ou Toledo não deixa mentir, não temos orlas a banhar
Na humildade dos tapetes deslizamos e deliramos
Por Cândido Rondon que agora nos guia mundo afora
Até o Oásis de Francisco Beltrão, em seu solene e pouco
Impactante barracão, tríplice fronteira, onde linda e derradeira

Apresenta Santa Catarina, maravilha de Dionísio!
São Miguel do oeste me apetece meu corpo nu
Que mais parece frangalhos e nem descansou
Junto aos meus, vamos nutrir aquele que não é perene
Mas nos vai servir de agrado e propulsão ao inebriante santo solo
Que se aproxima sorrateiro, moleque, austero dualista
No punho do som misterioso de violinos chorosos que anunciam
Três cores a vista! Os farroupilhas voltaram!É o pavilhão que agora
Tremula firme sob o céu da terra que tudo cresce... O Rio Grande vem aí!
Iraí desço do tílburi neste momento... E ao santo pai agradeço pois teu solo
Piso agora, com amor e devoção, Frederico Westhphalen é o destino
Onde o sol está nascendo timidamente como o ressurgir de minh´alma
Que exulta de alegria ao girar as rodas até Sarandi
O coração palpitando devagarzinho, até o centro Carazinho
Que o prazer da grande máquina alada jamais irá proporcionar
Pois assim vejo as flores, os sorrisos, as pastagens, as paragens
As cilíndricas formas da uva,do fumo, do milho em pasta
Que aviva como o amor em meu peito, lá está Lajeado
E nesta serra vamos ladeira abaixo no sentido leste
São Leopoldo e Novo Hamburgo são os saldos desta epopéia
Que já dura três dias... falta pouco pai... nem mesmo o maratonista
Grego tem o afã que sinto agora pelo teu semblante...passa Canoas
Tuas lembranças são tantas, teu vôo foi tão alto e ela se aproxima
Agora...já posso ver...meu Deus as lágrimas me dominam..é ele
O Porto dos meus amores...é ela a valsa querida pois sexo não tens
És homem, és mulher, és riqueza, és imponente Porto Alegre
Orgulho dessa gente, o orvalho é brinde, o tilintar das taças
Sob o frio que agora faz que por loucuras inexplicáveis aquecem
Pois daqui farei a festa...o litoral...Imbé, Tramandaí, Torres que tal?
Ou a agitada calmaria da serra, Gramado, São Francisco, Canela?
Não sei pai, só sei que quero estar junto a ti
E que os meus se sintam em casa, e assim será
Já que o tempo é curto e tenho todo o caminho de volta
É célere eu sei...tu voltarás...calo-me...em breve
Oro agora...e nada mais.

LAP


Áurea (18-03-2010)

Aqueles braços negros
Que o Brasil de Pedro II
Fez calejar
Malogros
Da pompa imperial
Que ao maltratar
Altiva-se
Sob as sombras
Das madeixas confusas
O mesmo punho tão forte
Que serve o café torrado
Da pilhéria e da audácia
Humana

Na bonança
Da corte
A cólera iminente
Que tantos sufrágios
Causou à tua plebe
Na forma de ironias
Sabotantes e golpistas
Ou daqueles que pediam
A morte
A saciar agonias
Nada altruístas
E que nos fachos azuis
De sonhos carentes
Da bondade do pai
Ao mínimo laço de fita
Amarelos e azuis não importam
A mirar a criancice
Daqueles olhos que arrebatam

Sois príncipe do amor bastardo
Que até aqui trouxeste
Já tão atabalhoado
E regalaram todas as angustias
Que outrora dissestes

Em tamanha balburdia

O amor veste grená
A amizade escarlate
A ternura caro vinho
E paixões quiçá...

Pelo lilás das faces
Mais rubras que
O sangue que poupaste
A prova
De finos talhes
E garboso fraque
Sisudo atrás dos bigodes
Que escondem a solidão
A corja,
E o recomeçar...

Apiacás-MT


As bodas são assim... (05-03-2010)

O tempo passa
Implacável
Inexorável
Só não mais
Que aquele que
Trespassa
No calor de
Cada olhar
Na doçura desses
Toques
De loucuras
Avivar

Somos agora
De açúcar
Na doçura
Saltitante
Que inunda o
Pavilhão do firmamento
São seis os
Nossos “vivas!”
De glória
Salutar
Não como
Outrora
Mas no olfato
De tulipas
festejar

Enfim
As bodas são assim
São águas claras
E profundas
Nos prantos
De seios morenos
Que desnudam
A translucidez
Ao longo dos tempos
Ares e ventos
Infames
Mundanos e profanos
Do amor
Mais puro que existe
Que não se faz
De ouro nem prata
Mas da força
Da chibata
Do suor do
Corpo ardente...
No presente que
Se faz perene
Incólume furor
Dos ares do oeste
Que brilham
Cintilam e rutilam
A farsa
A imensa ilusão
De esperar por ti
Nas noites de solidão...

Como é rico
E prolixo
O perfume
De cada gesto
Das veias e ventos
Delirantes
De pleno costume
Do nosso
Progresso
Que é visto e notado
E de parco
Alarido.

É por isso que o gypso
É a pedra cortesã
Que roga aos
Seres celestes
Abençoem
Este amor
Zela e resguarda
Sem fleuma
E bravata
A certeza
Do amanhã...


Em seis estrofes...(2004-2010), LAP