ALL ARE WELCOME!

Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Imagem do Inverno para recordar...


Foto: Nova Petrópolis, RS, Julho-2011.

Temas mais recentes - Outubro-2011

Estóico (24-10-11)

Este é o critério ímpar
Da ociosidade das criaturas
Ou de línguas flamejantes do mar
Daquelas que aceitam resignadas

O destino que Deus meu deu
Traçado no caminho das flores
Que ensinam o olfato de mel
Resultando simples camafeu
Ornado de cores e sabores
Milícias onde sofre o réu

Aceito resignado a morte
De outros desejos da vida
De outros rompantes ingênuos
De tantos detalhes da lida
Onde a água vira o bote
E onde o vento ri das naus

Não se pode crer
Que tudo se perdure
Doce ilusão
Só sei temer
Mas não há mal que sempre dure
Na certeza de padecer...

Quando cada anjo ver o estoicismo
Cada serpente rastejar sobre ele
O apocalíptico se concretizará
A grande festa e o tribalismo
Hão de reinar sobre aquele
Que em câmera oculta morrerá

Sou estóico, a pouco vi
Não é cômodo, é sábio
Reviver o que senti
Só no arauto do passado impróprio...



Salve-me (23-08-11)


Salvem-me
Mas o façam
de mim
Antes que sucumba

Já que quero forçar-me
A crer nos meus ideais
de vida eterna

E ainda contudo pretendia
Ascender ao paraíso por si só
Ou com reles explicações
Dessa ganancia pela
Inércia presente que se vai

Perdoe-me ao me salvar
Das tolices que proferi
contra minha própria existência
carnal que há de refutar
E leve em conta tão somente
Os bons ditos que deixei
A alma e o calabouço de sonhos
Que qualquer dia virei buscar

Não seja paciente
Apenas resigne-se
Ante a imagem verdadeira
Que por todos é latente

Cale-me ao me deter
Pois o ímpeto do apego
Pode conter
A couraça animal do ego

Mate-me se puder
Contudo de tortura
É obséquio
Que me falte a cama dura
E não tarde o presépio

Ou logo assista
O Vento torpe no abismo
Já que não podes voar
Nem em pensamento pessimista
Ou ao fundo desse pesar

Nessa etapa ou n'outra
Apenas salve-me uma vez
Com única altivez
Na mescla de cristais
e Vinho Branco
Em banquete divino
Que jamais ouviu o sino
De rompante solidão... Vera, MT.


O Poeta (16-08-11)

Do vale das sombras
Ou no frio profundo
de seu ego dito límpido
Busca o poeta o insulto
De mil milongas
Perdidas ao mundo

Enxovalhamos pudores
Amores de infantaria
Onde se perdem as cores
Se encontra a escrita
E a lágrima da pena vadia
Que dantes era só perfídia

A dor da saudade
Sentimos como deleite
Profundo que revigora
Novas linhas amiúde
Repletas de aforismos que agora
Vestem rompantes da mente

A cada sopro de vida
Vemos o prólogo
de perpetuação do amor
Aos versos e a prosa singela
Que afasta a ira
Como diria o teólogo
Superlativa, amarga, amarela

Descontrolado e novelesco
Embriagados de luxúria
Da mais promiscua fúria
Parte daqui, ó tolice humana
Teu Deus te fez grotesco

Podes tu imaginar
Vossa beleza sem o óscio?
Ou amargura prepotente sem voz?
Foste aquele o renegado
Que a tanto fez marejar
A mão vazia do atordoado

Nessa tábua de incentivos
Ceticos até no olhar
Te vejo do céu contundido
Volver ao ventre e chorar
Pelos tantos corretivos
Decassílabos sem cor

É a referencia escusa
Quando te foge a hora
O ladrão de lençóis
De lavanda fresca e úmida
Resgata a fé imunda
Jocosa de todos os sóis
E afunda o único verde a vista
Na estrada de um corpo nú
Despreparado...

É o oásis da poetisa que gera
Estúpido valor de referencia
Prolixa como tal e sempre o é
Em valsa doce girando
Com pele macia aflorando
Toda estética e belevolência
E onde de joelhos grito:
A terra impera!

Abruptamente me rasga
Todos meus sentidos se tornam
Sutis perante o fogo
O mesmo que exila e afoga
Quaisquer inspirações e matam

Não, não, o amor é grande
Fonte de tudo, de todos
E só o altíssimo irá compreender
Esse berro galopante
Que se torna por hora e adornos
Aquele único amor delirante... Em Vera-MT