ALL ARE WELCOME!

Here metaphysical genres of poetry, romantic, modern poetry and especially Gaucho (Gaucho). We have themes in Spanish and French. I'll love you forever My dear ... 3 years missed (in july) ... I left the Rio Grande in the last 10 january, but remains in my memory ..

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Poesia Novembro

Eu sempre me machuco... (24-11-09) Livre

Deste mesmo lugar
De tantas lembranças
Do tempo que não mais soia
Que a mais de década
Prometi deixar

A cada objeto que me vem à mente
A cada lugar por onde sei que passastes
A cada frase que um dia
Proferistes aos meus ouvidos
Para meu bem ou o mal inexistente
Que a garganta falseia nos dias de agora
O perdão que quero pedir
E que sei já ouvistes
Não nesta vida maltrapilha
Lá na nossa real origem
O grande mistério...
Diz que ouviu ó pai,
Pois ao pensar que não
Eu me machuco

Todas as suplicas agora
São mais reais que dantes
Todavia não gracejo teu olhar
Tua reação por pior que fosse
Aqui tudo é teu jeito, teu cheiro
Ou acolá tanto faz
Onde quer que eu vá
Mais que um aviso
É o caminho de toda uma vida
Mais que um pedido
É uma razão de ser

O meu ser parece mais uma ilha
Isolado, resoluto
Envolto por um mar de incertezas
E lagrimas que não findam
De nostalgia, imensa saudade de ti

Ó meu velho, me dê um único sorriso...
O derradeiro que seja
Conforta-me hoje pois sei
Que para a eternidade
Eu sempre me machuco...
Por querer viver o que já passou
Por achar que a vida não é finita
Mas de fato o é!
Meu coração é tolo
Sabe mas não reconhece
Sente e debulha
Padece e persiste
Sofre e não sorri...

Não quero mais falar
Pois essa tristeza me trespassa
Só fica a gana de tentar seguir
E a certeza de que
Por infortúnio
Sempre me machuco...

Leonardo Adam Poth, em S. J. Rio Claro, MT

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Poesias e Cronicas Outubro (4)

O Professor (22/10/09)

Dentre os maiores desafios da vida
Está o ensinar e o querer sempre aprender
A mais bela, mãe de todas, tão dividida
Querido professor, queremos nos render!

Aos teus sábios ensinamentos
Tua dedicação incansável
À força dos pensamentos
De caráter memorável

É no “cuspe e no giz”
Que tua luz se aviva
Serei sempre aprendiz
De nossa primeira diva

A escola, casa de dignidade
O mestre, condutor
A lousa, cortesã
Dos ideais de um professor
Da célere fertilidade
Da vocação, que nunca é vã

Seja nos números ou letras
Rodeado de mesas e carteiras
E de mentes frescas, sedentas
Que hoje te aplaudem barulhentas

Sempre será teu dia
Destinados por Deus
Não desiste, mantém a galhardia
E assim afastará o dia do adeus...

Singela homenagem ao dia do professor, 15-10
TNN


Tributo à Mercedes (07-10-09)

É luto continental. Sim, “La negra” emocionou todo esse avassalado continente por mais de quatro décadas. Até mesmo no exílio, nos refúgios europeus, longe de sua amada Argentina, cada lágrima de Mercedes, refletia o amor incondicional à America Latina. Quanta dor e comoção nos causa agora, o eco límpido e vazio de tua ausência, cala todos os corações apaixonados que tocaste.
Que saudade deixará negrita. A mais perfeita expressão da voz dos pobres. Gracias a La vida. Obrigado por tua existência Mercedes, ela é imortal. Não nos cansaremos de ouvir teu grito como legítimo pranto daqueles que oraram a Deus por dias melhores. De Sán Miguel de Tucumán, do chaco argentino, para o mundo. Iniciaste a carreira na cidade de Mendoza e teus olhos se fecharam, tua voz se calou, na esplendorosa Buenos Aires. Que tuas cinzas sejam o sal da terra do teu povo que te ama e tua alma tenha o mais abençoado e merecido descanso e que continue encantando os mais angelicais seres dos céus com a melodia que o próprio senhor te concedeu.
Mercedes Sosa sabia reconhecer a verdadeira poesia, como poetisa que foi. Dizia que todo poeta é um profeta divino, e que os poetas fingem não saber aquilo que tão bem conhecem. Quanta genialidade, que duetos magníficos! La guitarra chorava ao dedilhar dos acordes de cada gesto teu.
Canción de lãs pequeñas cosas. Cada detalhe de tua vida foi intenso. Não se deixou abater por nada, ofereceste teu coração a todos que te amaram, como eu. Solo Le pido a Dios, a guerra não abalará tua memória, nós prometemos. O idioma espanhol foi testemunha de cada palavra. Inconsciente colectivo, é o câncer de nossa América, nossas parcas atitudes, que tanto proclamastes. Volver a los 17, era o que fazias melhor, pois tua voz jamais envelheceu e era o grito dos jovens que conduzia. Los ojos azules y las manos de mi madre, são os olhos de nossa vanguarda, daqueles que nos preconizaram, de tu rica madrecita, que temprano mostraste o caminho do trabalho. Zamba para no morir, és tuya Razón de Vivir, que importalizará tuas canções, com o sangue do entardecer… La tristecita, são as mães de tua pátria, que ao proferir teu puro Corazón Mirando Al Sur, sempre voltado a este cantinho sul do mundo que tanto nos encanta.
Foste fuerte Mercedita, e te aplaudimos pela bravura que resististe em tuas agruras.
Duerme negrita...duerme. Vá com Deus, serenamente...teu coração agora é dele...a liberdade chegou...

Em memória ao falecimento em 04/10/09
De uma das melhores cantores que o mundo já ouviu, Mercedes Sosa.
Por: Leonardo A. Poth. P. Lacerda/MT/Brasil


Tão pequenina...(Livre – 11-10-09)

A uma família tão pequena
E tão rica que amo
E quero ver perpetuar
Restam nove deste nome alemão
E tão sul-brasileiro
De gente corajosa, destemida
Que valoriza este chão
E o próprio suor
Quem sabe um dia
Mesmo em outro plano
Longe desta vida fenomênica
Poderemos brindar a grande
Família que seremos
Feliz, fraterna e serena
E se o senhor assim o quiser
Sob as graças do bom e velho Rio Grande
E na lembrança daqueles que
Jamais esqueceremos
E que fizeram desse nome uma marca
Um ideal de vida
Que da Europa vieram para nosso deleite
E aqui deitaram seus corpos já cansados
A eles a nossa homenagem
Que essas quatro letras resumem
E dispensam maiores rodeios
Que consigamos ser eternos
Em boas mãos das quais me dispenso
Mas que sejamos felizes sempre
Ao som da voz dos que nos deixaram
E ao sorriso daqueles que carregam este nome
São tão poucos...
Mas somos um só!
Homenagem a família Poth

Especialmente, In Memorian:
Adam Paul Poth, 1900-1972
Dulce Cobre Poth, 1930-1988
Erna Christmann Poth, 1903-1996
Edgar Adão Poth, 1924-2009


Hoje e Sempre (06-10-2009)

Deus abençoe o Rio Grande do Sul
Hoje e sempre em nossa memória
Pois ainda não me acostumei sem ti
Não me deixes longe desse azul...

Azul tão fresco e outonal
Lapidado todinho de cinzel
Não me adapto a tantas partidas
Longinqua da beleza colossal
Que o altíssimo fez a pincel
Mas só me lembro em despedidas...

Se partir que seja sem eu ver
Se me deixares que seja lentamente
Não posso crer no todo a padecer
Diga adeus em compaixão latente

E para que eu não chore
Nem nos olhos me olhe
No momento de seguir a vida
Uma a uma, a cada ida...

Vende minha fronte senhor
Mesmo que a ti rogue
E suplique sem pudor
Por um instante de teu toque

Deixe-me na santa paz
De todos que amam esse chão
E arranca de mim o teu jugo
Ao longo da viagem tenaz
Com um único pedaço de pão
Que por hora é simplesmente tudo

Não me custa saber
Ou ao menos entender
A frase solta adormecer

Invente uma desculpa
Mas fique a distancia por favor
Pois não suporto mais um minuto
Dos muitos outros de culpa
Pelo desterro de meu labor
E a desgraça do mero defunto

Inspirado na voz do eterno boêmio
Altemar Dutra – “Vá com Deus”
Por Leonardo Adam Poth, Pontes e Lacerda/MT

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Prof. Leonardo Poth, em Asunción, PY

Poesias Agosto (2)

Pretérito Presente 3 (21-08-09)

Ao longe a mesma imagem
Única e patrona de todas demais
É ele sim não é vertigem
Que amo hoje e sempre mais

É aquele que surge sobre
A penumbra de olhos tristes
Cansados do erro torpe
Que congela o tempo que partiste

Os minutos, os segundos
O trem que enfim redunda
Nos trilhos de único destino
Que levam aloprados, insanos
Dessa existência defunta
Que agora recebe o castigo

Daquele que vive pelo outro
De rimas de terceira geração
De bravatas que se dizem sonetos
Ainda entrego a existência de mouro
No sentido longínquo da perdição
Onde cada letra é de cada momento...

Saudosista sim, solitário jamais
Pois depressão ou luxúria
O ápice ou o declive
É amor sem fim, dor não mais...
Que não me pertence, é espúria
E acorda o ataúde que vive

E se ainda vive
É por ele
E nada, nada mais...
E toda a corja que expire

A última estrofe é verdadeira
Mas será que ainda não sei?
É sentimento natural, não brincadeira
A languidez que se vá, agora bendizei

Que as cincas são pretéritos
E o presente, o nubente
Que tanto ousaram os méritos
De nosso sonho mais ardente

O sol não tarda a voltar
Os pássaros não são alquebráveis
Assim é nosso jeito de amar
Que no olhar constroem inexoráveis...

És simples e complexo
O mar de letras é vão
No beijo molhado, convexo
Que leva às favas o bordão!

Porque a consciência nos derrota?
Para levantarmos e aprender a ser humano

Falha alguma embaçará
Ou deveras logrará
Nem distância acabará
O que num encontro sugerimos
E que por tempos erigimos

Aos teus pés será pouco
São atos e não juras
Atitudes menos impuras
Que perpetuará o desejo louco

De amanhecer ao teu lado
À sombra da aurora latente
Afagar-te o velo macio
E a fragancia pomposa do bem amado
Alimento que peço humildemente
Caminhe ao meu lado, não é tardio...


Por: Leonardo Adam Poth, Água Boa


PORQUE?

Aqueles ventos murmurantes
Tantas ruas já vazias
O sonar musical é delirante
O corpo gélido e as mãos já frias

É nessa solidão que me encontro
No conforto sujo e pérfido
De repente estava ali tonto
Longe do que já tinha ido...

É daquele que voa que agora te vejo
Amiudar-se no afã de regressar
De uma vida ao som do realejo
Que vivi e nunca irá voltar...

Mas é naquele que bate que sinto
Outro conforto morno e tenaz
O sal da terra que tenho dito
E que dilapidou-me voraz

A mesma dor que vem
É o remédio daquela que vai
Tantas cartas sei que tens
No dilúvio sincero que cai

E sempre arrebanhou por ti
Desde o ingrato dia que parti
Do teu seio tênue e quente
Que jamais vi convalescente...

Os encontros tornaram-se despedidas
E os subalternos palmos que te ocultam
São o nada da eternidade que te espera
Eram frenéticas aquelas idas e vindas
Já não importam mais... redundam
Porque não vejo teus olhos na janela?

Porque indago noite e dia tua voz
A encontrar palavras que não existem
Razões levastes daquele tempo atroz
É consolo... tuas imagens não perecem

Em terra estranha apunhalaram o meu ser
E subtraíram o solo que me sustentava
Os alicerces me viram frios enlouquecer
Pelos dias que perpassam ... definhava

Interesses mundanos que agora cercam
Insubstituíveis aos retalhos que restaram
Pensamentos abalados que só pensam em ti
Que até nos sonhos alimentam... atormentam
E por toda uma existência terrena galgaram
O doce e triste toque em flor de colibri...

Tua genialidade é a marca
O dom das ricas artes
É a sublimidade casta
Que preparastes

Preciso de alento
As águas não tecem
A seiva secou
Onde está o alimento
Que agora me pedem
Acho que acabou...

Não foi isso que aprendi
Ao som da luz da juventude
Que ontem e hoje vi
E perpetuará de plena virtude

Um mês é pó no tempo que passa
No chamado divino ganhaste então
A eternidade que fútil ergue a taça
E “eufemisa” os sofrimentos de Adão...

É agora pai querido
Que a força enfim
Precisa vigorar
Eu preciso de você
E desse amor
Pra sempre...

Deste mesmo lugar te escrevi
Porque não leio tuas respostas?
Dilacerado mas agora revivi
Pois sei que ouves de mãos postas...

Cada lágrima é inútil
Fica o sorriso franco
E cada verso mil...

Porque seus conselhos se esquivam?
E esquifes deterioram essa imagem?
Porque teus braços se esqueceram
De afagar-me na paisagem?

Porque a luz se apagou aos olhos teus?
Já não vejo o brilho que vinha deles...
Admiração maior que todos os Orfeus
Que transcenderá pai...a todos eles

É a jura que me resta
Além do sublime ato de orar
E no correr da pena atesta
Que pra sempre irei te amar...

Homenagem póstuma a Edgar Adão Poth (1924-2009)
Sapezal, 10/08/09

sexta-feira, 19 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Formatura de meus alunos em Comodoro

Cronica em Prosa - Junho

O Ramalhete (Prosa), 16/06/09


Hoje o dia está sombrio, triste e envelhecido, à sombra da pífia luz de minha aurora. Há nuvens passageiras que me enchem de dor e de remorsos. E cada dia se faz noite no cair do amanhecer.

Não é mais de dúvidas e de receios que minha alma precisa. Não quero mais me machucar, trilhar por caminhos tortuosos que me levem a erros descomedidos. Quero retratar os meus impulsos e como disse outrora, relembrar que quero aprender a ser novamente um menino a altura de meus atos que ainda podem ser tão doces.

A vida pode assim ser retratada como uma abismo sem fim, onde nos lançamos sem destino aos arrabaldes de um destino onde súcias transpassam os mais belos sorrisos, ou alguem te sorri a viva luz. Nada disso é gratuito, é meu coração que fala agora, é por ele que peno a cada minuto por uma existência que não volta mais. É tão lindo o inverno quando é o frio que lhe apetece. É tão vil a primavera quando não se tem motivos para admirar o colorido das flores. Aquela que todos tememos, ela sim, que veste negro, nos arredios e longínquos rincões da existência, não bate a porta, tampouco pede para entrar.

Ora ora, o pulsar de nossas veias é um prêmio angelical! Tão divino e tão sórdido aos olhares ingênuos de reles mortais resignados a sofrer por amor, o melhor dos calipígios humanos. Meu Deus, que dia fechado. Injusto posso ser nesses momentos onde um copo de rum tem mais valor que mil palavras. Quão ousado é aquele que alimenta o desejo de crer no sentimento alheio. Quão determinado é aquele que se entrega. A precondicionante de toda uma razão de existir. Ou aquele que agrega valor à razão ou a origem de todo esse pranto. Patinam esses ventos ardentes que me cercam e de nada me consolam. Gratuitamente sou exposto a emoções que sem pudor expulsaria de meu peito. Quantos pronomes possessivos haverei de utilizar-me? Mesmo nas ênclises que assim os incluem. Ó o outono... Como são as estações... Definidas ou não são latentes por onde passamos. É como um estado de espírito que se agiganta pseudópode ou elegante como um féretro, pelo ar que respiram, ou conteúdos que não significam mais nada, apenas simboliza uma passagem perene, se é que a contradição me permite, ante os mistérios que nem a trindade saberia explicar.

Ah, o verão, este sim é colorido mas não há flores. Elas sim me enchem de esperança. E mesmo com tanta beleza, são vazias e impróprias. A inspiração dos apaixonados que reage ao conjunto mais belo, por entre fitas e encantos de rubras amarraduras que enchem aos olhares sedentos por luxúria e compaixão. Amor? Não... Este está fora do alcance de nossas mentes ainda mais vazias, que sequer preocupam-se em compreender, se é que isso é possível, a nossa presença hoje, aqui, neste mesmo segundo, para que...enfim... vejamos este dia já tão fechado. A real necessidade é o peso daquilo que valorizamos, que cativamos. Tão pequeno é o sentimento que compra com o perfume das rosas, o charme dos lírios ou a altivez espontânea das tulipas. Estas estão como nós, impacientes pela terra que nos acolhe, que nos alimenta, ocas porém lindas, vibrantes contudo mortas...

Mortas pela embriaguez covarde que tolheu sua razão. Que não as souberam cultivar. E pagam um preço humilhante daquilo que jamais irão receber, que é a única que vos pede, tão singelas, tão servis. Doam pois suas vidas para por alguns parcos momentos alimentar outras... É o apagar de uns para o acender soberbo de tantos. Não é com ira que se possa isso exprimir ou com falsas fleumas dirimir, mas pela iminência da verdade que pra sempre resplandecerá.

Todavia sedes vivas, pois são nesses pequenos momentos que cosemos a fibra do amanhã. E nele está contido o ramalhete, fruto de todas as razões possíveis que possamos rotular. Este não só de flores mortas, mas de sorrisos, de abraços, de uma lágrima de alegria que seja frente a uma conquista, seja qual for. Mas que seja verdadeira. Que seja como o dito popular, eterna enquanto dure, real, vivaz. Que o novo enlace seja o símbolo de um recomeçar glorioso, onde borboletas delicadas, transformadas, povoem nossos sonhos diários como lampejos cadentes da aurora vindoura, que não se envergonhem da essência de inseto como a própria borboleta, e que o último suspiro não seja tão breve.

Pronto, o arranjo está bonito. Tão belo que me faz chorar. Tem as cores de minha face, desbotadas e incrédulas, mesmo assim as quero próximas. Afinal assim sou, e só assim sentirei o fino perfume da obra. Tão leve e tão sutil quanto o perfume do gênesis, do alfa de minha vida. Leve consigo o ramalhete, ele lhe será útil. Fará lembrar-se de mim. E de que um dia olhaste pela janela e nem mais recordaste que viu este dia tão frio...


Por Leonardo A. Poth
Em Cocalinho-MT

segunda-feira, 11 de maio de 2009

POESIA MAIO

Uma Vida Nova em dez estrofes e cinqüenta versos... (10-05-09)

Por entre os mistérios da vida
Tantos são os caminhos ou dúvidas
Que pairam sobre as mentes fragilizadas
A retomar o prumo de uma dor perdida

E quando ela aflora é latente, impura
O remédio é um colo, que afaga protetor
Quente, selvagem, que os males expurga
E este é o berço de meu pai redentor

Aquele que nada vê, nada recrimina
E acredita que o sol raiará na manhã
Sentimento vadio de natureza divina
Que redime mazelas e colhe romã

Onde digamos a todos os viventes
Voltei, cá estou mais uma vez
Agora para todo sempre em veia latente
De amor incondicional que rubra a tez

Em vesúvios caídos de fortunas mil
Desmanchando em prantos no imaginar
Das correntes soltas, cantinho de Brasil
Que hoje me livro na vitória cortejar

Quando o amor acaba resta ao leito regressar
Neste chão de delícias onde a vida sempre plena
Rega o vinho de bom grado até o arrebatar
Onde esquifes e sonhos imundos revertem a cena

Pesadelos às três marias dirigi
Já agora minh´alma redimi
No retorno ao doce alento
Fino laço onde cresci

Onde enfim aprendemos valores
Conhecemos sentimentos, vicissitudes
A verdade no olho do irmão amigo
A vida renascer dos braços de Deus
Que esvaiu pelos dedos, lento...
Os perfumes primaveris soam odes
Que regalam alegrias fruto de atitudes
Do tempo em que o cruel castigo
Tomou a plebe dos olhos meus

Ó pai soberano, magnânimo recebe
Tua filha perdida que agora clama
Piedade daqueles que um dia se foram
Em busca de um dia melhor, percebe
A falta que fizeste, a chama
Em pobre fleuma que arde os que perdoam

Que ela enfim seja digna
E em tua boca possa ser bendita
Do dom do amor teu, o algoz
Pela eternidade que garanta
Nem que a mim leve a panca
Implorar ao mundo de viva voz
A súplica de um único beijo seu...

Por Leonardo Adam Poth
Em Canarana-MT

terça-feira, 21 de abril de 2009

sábado, 7 de março de 2009

Poesias Março

“Heptagenária” – (Livre)


Minha linda
Minha flor
Meu caminho
Setenta de história

Muitos mais os são
Nos tempos dependentes
As margens do gravataí
São hoje hinos por ti

Setenta anos de emancipação
Alteza real do Rio Grande
Princesa querida da capital
São trezentas mil vozes
Mais, muito mais...
Que dão vivas e exaltarão
Nosso pequeno rincão
Mágico e colossal...

Berço que me viu nascer
Sob as graças do altíssimo
Nossas vidas são bênçãos
Quando se visa o renascer
Embevecido de orgulho
Do santo solo gaúcho

Me incluo em tuas promessas
De fidelidade a tão sonhada
República de Bento
São chagas que marcam
Minhas mãos calejadas
E este peito que arrebenta

De imensa alegria e saudades
Da praça do avião
Da carta póstuma de Vargas
Do metrô tão veloz
De tuas imensas passarelas
Da quinze de janeiro
Da querida estância velha
Que sepulta enfim exausta...

Meu coração arde agora,
Pelas manhãs frias de outrora
Pelo vento que cortava a alma
Caberá sempre dentro de mim
A paz que minha Canoas concedeu
Fizeram-na violenta, agressiva
Que abuso cometem vós
Desabafo do filho desgarrado
Que não pode suportar o fardo
Que tamanha ignorância produziu

Minha pequena e fina terra
Tua história é empolgante
Com que vigor nos criou
Desci a Santos Ferreira
Ganhei o Brasil, a América
Que lindo Jardim do Lago
E com que boqueirão gritaste
A nós campeiros de meu Deus

É tua fronte, altiva e clara
Que conduzirá os destinos
De nosso valoroso chão

Aplausos mil mereces só
Por mais um ano que te passa
E só assim não ultrapassa
As vertigens desse olhar...

Homenagem aos setenta anos de
emancipação política do município de
Canoas-RS, neste ano de 2009.
18/03/09.

Pretérito Presente II (14-03-09)

Mais um ano se passou
Pensamento te furtou
É ele que me brinda
Nos anos de minha vida

Que surge espontâneo ainda agora
Mesmo em pensamento não abandona
Regozijos febris e levianos de outrora
Feitiços, calipígios vem a tona....

É no amor sincero que brindamos
Crianças, inocentes, cortejamos
Aprendendo hoje e nunca a ser
A loucura desvairada de não pertencer

Pois não se pertence que é uno
Daqui ao sul é caminho insano
Minha alma mira caminhos de juno
Cada bairro, cada rua, é tão profano...

Desde o dia em que me fui
De todo é certo e justo que não
Faz-me então severo castigo
À sombra do sorriso que construí
E vejo Deus não foi em vão
Mas ainda é por ele que vivo

São cinco anos do eterno escolhido
Em bolhas de espumantes lembramos
Daquele que me traz ali tolhido
Com a mesa linda que preparamos...

Flores só a elas imaginam
Íntimos afagos nos esperam
Sabem um pouco da vida
E nela então perseveram
São delírios que frutificam?
Não... são beijos de covardia

São galhardos sentimentos
Elegantes, juvenis, “rubrescer”
Ou brancos de além mar
É insano, soberanos galanteios
Perde um ao outro ao deitar
Tardará, pois, o momento de morrer...


Ao mestre com carinho... (07/03/09)

Sagrado mestre eu sei que assim o foi
Dentre toda sua humildade, nascido em Kobe
Fez da paixão à pátria sua bandeira e assim constrói
Um berço de amor fraterno que gozamos hoje

Sim, é do verbo no presente da ação
Que maravilhas fundastes, nada foi em vão
Toda luta e toda glória desta longa vida
De amor, bênçãos e imensa sabedoria

Só a ti mestre rendemos homenagens
Pois por tuas revelações divinas disse-nos
Da verdade profunda e deste parabéns
Aos filhos de Deus que outrora professamos

Flores, borboletas, querubins, um rio de comoções
Promoveu vós em prol da humanidade
Fiel a teus princípios, abrandou os corações
Astuto e convicto, disse a nós: a liberdade

Quando estois de braços fortes, pondera-nos
Quando somos frágeis da ilusão, alerta-nos
Se vertente de sangue e lágrimas, guia-nos
E se soberbos e mesquinhos, perdoa-nos...

Essas rimas são milagres, inspiram e me tocam
São delírios conhecidos, rompantes sem pudor
Tuas palavras tão ricas que sempre ecoaram
Não pelo temor, mestre, mas pelo teu imenso amor...

Singela homenagem ao Sagrado Mestre
Masaharu Taniguchi, PhD (1893-1985) “In Memorian”
(Autor de mais de 400 obras, muitas delas ainda não traduzidas)
Por: Leonardo Adam Poth


La bendición II (08-03-09)


Me despertó la admiración de este?
Esta vez el brasileño recordar Asunción
Que pierda su vientos frescos
Sido al sur de nuestra plena dedicación

Imagen no morir en nuestros ojos
En cautividad como dicen los franceses el pequeño
Usted es la que el príncipe de estos campos
Lloriqueo, edad asunceno

Si un día se puede el amor
Todavía cubre
Pero las noches que se cura
De los problemas y el brillo de marfil

Relajar las fuerzas de los que mendigan
Por los capitanes tan desiguales
Misterios del letargo que se hundió
Cara anterior de la hermosa manantiales

Que conserva la historia original
Con usted acerca de que es extraño vértigo
Es tan corto el lazo que nos une
Al menos el interior, el perfume ...

Aromas sintomático de intestinos
Después de que el amor acaba finalmente
Volver desde la raíz con ofertas
Lo que ayer y hoy los abusos

Ahora es el momento previsto para la renovación
Por el intelecto de los niños y los hermanos rescates
Y ver el poder que usted, viejo
Olvídese de la cara, sencillamente ridículo ...

La próxima empresa, guaraní necesidad sonido
El mate y disfrutar de mi alegría
Clásico y moderno, contrasta alquiler
Que tiene sed durante la noche llorando

Tenga cuidado y buscar a sus hijos Paraguay
En caso de que ahora tus lágrimas
Debido a que usted exaltar, "Adonai"
Cada día, cada momento herido
En la recepción que, Galhardo
E persigue desgarre de la nostalgia ...

En el norte de Gaucha

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CRONICA JANEIRO

Lentamente (Softly), 04/02/09


Que poderia dizer eu sobre o que a muito venho sentindo... Aliás sentindo seria pouco, é uma vivência. Dizer que este amor me consome, me corrói, me devota, é o trivial. Como explicar em palavras toda a dedicação de anos. Mais um dos dilemas desta vida de diversidades. Certa vez exclamei que sofrer e amar é a dicotomia perfeita da vida. São tantas outras... Não posso mensurar. É demais para mim. Tudo isso é mais do que posso suportar, sou tão frágil para amar. Tão sensível ao sentimento. Lentamente me sufoco neste mar de embriaguez... Que este efeito seja o mel de meus dias.

Cantando minha vida com as palavras dele...disse o poeta. Isso é recíproco. Conduz-me e mata-me diariamente com tuas palavras, ou melhor com teu olhar. Mesmo que não possa vê-lo, mas é perpétuo em minha mente. Cada aperto de teus dedos em minhas mãos é como a carícia de minhas próprias, como estopim de delícias que ardem sem sofrer e concomitante congelam os abrasivos da alma... Tu sabes que sabe me amar. Pena ainda não sei, não da forma ideal que sonhara. Assim surgiu e assim é este amor...

São verbos simples que podem descrevê-lo, simples como ele, e colérico quando quer... Todos somos ou imaginamos ser amantes, é o sentido que nos impulsiona. Cantou uma boa canção, percebi seu estilo. Fitei-me no delírio mundano do divisor de águas vindouro. Decidimos viver este pecado um tempo e dele brotou tudo isso.

Todo, inteiro, sou completo por ti! Louco visionário de uma vida sem limites. Onde os campos são pequenos e os fortuitos são perenes, na utopia transcendente de sentir-se uno... Essa voz nunca se cala, teu ressonar é ainda mais forte, é combustível para meus sonos e sonhos juvenis. E como se supera...Somos um enfim! Pois sua dor eu sinto agora... teu pulsar me invade...todas investidas são incertas, só é certo esse torpor! Jamais serei o mesmo, seja o destino o precursor de quaisquer rompantes. Letárgico estou e assim perecerei com alegria. Continue...entorpece...

São delírios estes que faço agora, a melhor forma de poesia...espontânea. Siga-me matando levemente com sua canção... É aquela ensurdece saudavelmente cada passo. Eu te observo. Tu não, apenas me segues. Só assim serei melhor, serei maior.
Com estes rabiscos seguem a dor enrustida e apaziguadora da minha existência que é nossa... Somente o plural é adequado neste caso.

Certo dia expressaste teu amor. Contou tua vida e usou minhas palavras. Era o que queria ouvir. Seguimos trilhando pelos caminhos escuros que nos conduziram a excelência... Meu Deus, que se dissipem os algozes! Aos preconceituosos meu sincero abraço! Jamais se espera compaixão daquele que não a tem para si. Jamais se denota emoção para aquele que não a viveu. Juntamo-nos a almas enriquecidas... Aquelas que nos apoiaram e em quem encontramos apoio. A verdadeira dedicação e porque não dizer declaração e entrega mútua.

Que família formamos, ela não se desfez! Não pode perecer, pois são laços divinos. O entardecer de algumas estradas encontram caminhos antagônicos, distantes muitas vezes... Denotam nossa personalidade humana de decisão e poderio autônomo de imperadores de nossas circunstâncias, senhores do destino como se diria. E a todos que seguirei dizendo que quero deitar-me em berço febril, erguer meus punhos à luta e verter o sangue de toda a jornada que me fez hoje. É penoso o caminho, sim, não há como negar, é entrega, é renuncia, é cessão... Rendemos e transferimos partes de tudo aquilo que se imagina ser... Se até a epiderme se altera na totalidade em curto espaço de tempo, imaginem a complexa e incompreensível mente humana... E a mente de quem ama... imaginem! Todos nós amamos... não... já que é impossível amar o material, ele não possui forma definida para o mundo da verdade. A verdade plena de regozijos, a imagem refletida daquele que nos criou, e nos cedeu o direito de refletirmos agora.

Segue então a canoa de ventos brandos. Aquela que a brisa do mar nos deixou. Nessa partida, um abraço quente me inundou. Enxuto de todas as lágrimas que um dia ingênuo pude romper, e mesmo consciente prosseguirei abundantemente.

Todo o rubor que me causou a multidão, repito...foi passageiro. A multidão é sábia no que diz, tola no que pensa e cega no que sente... E meus sentidos estão aguçados, mais do que prontos principalmente para te ouvir. E é nesse embalo que aplaudo e ovaciono essa bela trilha dourada... Ele leu meus bilhetes...cada recadinho e os interpretou. Lá estava o coro. Alguns sisudos, outros lânguidos e donos de fleumas. Apáticos por não sentirem o mesmo, e foscos de um amor que os incendiasse. Pois é este o carma. Se ele existe só deve ser um legado. E ele é frutífero, fugaz, banal...e resume-se em sua tênue intensidade, se assim pode-se dizer...

Quero dar vivas às escolhas que fiz e a vida que me cerca! Abrandar com os olhos de toda essa imensidão, para assim mais tempo ficar ao teu lado. Não me afogue em frias águas, contudo inunda com teus lábios.... O dourado é o novo, e o novo é hoje, tudo aquilo que preciso revelar, o amanhã será hoje se assim o quisermos e assim será fatalmente se o sentimento triunfar. É isso que nos basta, todos os demais frutificarão daí. Mesmos sozinhos agora nada mudará. Os ventos já se tornam mais fortes e a tormenta tardará.

Eu orei... e fui compreendido. Que mais bênçãos poderia ter? São lágrimas de imensa felicidade que posso concluir. Todas as linhas seriam parcas. Prossegue o teu crime, desfalca o resquício de dúvidas que venturosas surgirem! A canção segue mais ao fundo, e o punhal estoca o ventre dos hereges. Aqueles que falamos intactos estão, portanto, conte minha vida, vamos...ela é a sua também.

Agora repito, apenas me siga. O caminho está traçado. Abre a janela de tua casa e as luzes se apagam...É hora de partir. Só o faço pois meu amor me espera...



Por: Leonardo Adam Poth, Comodoro-MT
Referência: Canção Kiling me softly with her song.
Intérprete: Roberta Flack.